Sunday, June 18, 2006

O segredo da dita cuja.



E lá fui hoje à ante-estreia do documentário da outra. Como já o tinha sacado da net não fui à espera de nenhuma novidade, queria apenas vê-lo em écran gigante e com um bom som. Realizado por Jonas Akerlund, o documentário está uns furos abaixo do anterior (Truth or Dare) mas, mesmo assim, tem momentos muito bons tais como o seu encontro com o Iggy Pop (e a reacção que este tem mal ela lhe vira as costas), as rimas básicas (porque aquilo, meus senhores, não são poemas) que compõe e declama, as conversas dos filhos e a vidinha "lad" do marido. Aliás, é aqui que ficamos a perceber plenamente quem usa as calças lá em casa...

Os momentos ao vivo continuam a agradar-me bastante, apesar de haver muito boa gente que não goste da edição demasiadamente cut-cut-cut.

O meu único problema com o documentário - e daí a achá-lo mais fraco que o anterior - prende-se com o facto dela fazer demasiadas referências a Deus, à espiritualidade e à kabala, tornando o final um pouco maçador.

Filmado sob a forma de diário de uma tour, este documentário vale sobretudo como um testemunho de alguém que está no topo há mais de 20 anos e que, acima de tudo, tem sabido ser coerente e honesto consigo e com o seu público.

No CD ao vivo, que acompanha esta edição, vem a versão demo do "I Love New York". Aqui, com um som mais cru, próximo da new wave nova-iorquina do final dos anos 70. Afinal, não é por acaso que a versão final (incluída no COADF) recupera o "I Wanna Be Your Dog" dos The Stooges.

P.S. - Obviamente que não vou revelar aqui qual o segredo da senhora. Isso fica para outro post.

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