Monday, June 26, 2006

You're Framed!


Um grande artista norte-americano, Brian Lovenduski, que por acaso é meu amigo desde os tempos do forum dos The Creatures, enviou-me dois dos seus trabalhos ("Hitch" & "Sioux") em formato jpg (alta resolução) para que eu os imprimisse, emoldurasse e pendurasse em minha casa. Ele tem um estilo muito retro, muito anos 60, o que me agrada mesmo muito. Por mim, tinha a casa toda forrada com as suas ilustrações... Vá, roam-se de inveja :=)

http://www.theispot.com/artist/blovenduski/

Up and Down

05/06/06 - Cholesterol: 248 mg/dl

26/06/06 - Cholesterol: 180 mg/dl

Tuesday, June 20, 2006

Hoje deu-me para isto...




I went to the market to realize my soul
'cause what I need I just don't have
First they curse, then they press me till I hurt
We say RUDIE CAN'T FAIL

Monday, June 19, 2006

Agência com vista sobre a cidade


Chama-se thestudio e fica na Rua do Carmo. Fizemos um trabalho em conjunto e, como correu tão bem, em princípio devemos trabalhar novamente juntos noutro projecto. Eu não vejo a hora...

Sunday, June 18, 2006

O segredo da dita cuja.



E lá fui hoje à ante-estreia do documentário da outra. Como já o tinha sacado da net não fui à espera de nenhuma novidade, queria apenas vê-lo em écran gigante e com um bom som. Realizado por Jonas Akerlund, o documentário está uns furos abaixo do anterior (Truth or Dare) mas, mesmo assim, tem momentos muito bons tais como o seu encontro com o Iggy Pop (e a reacção que este tem mal ela lhe vira as costas), as rimas básicas (porque aquilo, meus senhores, não são poemas) que compõe e declama, as conversas dos filhos e a vidinha "lad" do marido. Aliás, é aqui que ficamos a perceber plenamente quem usa as calças lá em casa...

Os momentos ao vivo continuam a agradar-me bastante, apesar de haver muito boa gente que não goste da edição demasiadamente cut-cut-cut.

O meu único problema com o documentário - e daí a achá-lo mais fraco que o anterior - prende-se com o facto dela fazer demasiadas referências a Deus, à espiritualidade e à kabala, tornando o final um pouco maçador.

Filmado sob a forma de diário de uma tour, este documentário vale sobretudo como um testemunho de alguém que está no topo há mais de 20 anos e que, acima de tudo, tem sabido ser coerente e honesto consigo e com o seu público.

No CD ao vivo, que acompanha esta edição, vem a versão demo do "I Love New York". Aqui, com um som mais cru, próximo da new wave nova-iorquina do final dos anos 70. Afinal, não é por acaso que a versão final (incluída no COADF) recupera o "I Wanna Be Your Dog" dos The Stooges.

P.S. - Obviamente que não vou revelar aqui qual o segredo da senhora. Isso fica para outro post.

White Wedding



The Monster: You, make man... like me?

Dr. Pretorius: No. Woman... friend for you

The Monster: Woman... Friend... Wife...

I am Dracula.



Count Dracula: This is very old wine. I hope you will like it.

Renfield: Aren't you drinking?

Count Dracula: I never drink wine.

O que dizem de nós e o que deveríamos dizer deles.

No âmbito do Fórum para a Competitividade, esteve de visita a Portugal o "guru" dos economistas: Jack Welch. Apesar do encontro ter decorrido à porta fechada, saltou imediatamente para as bocas do mundo uma das afirmações que proferiu aquando do seu discurso: "os portugueses deveriam sentir-se envergonhados do que dizem deles, lá por fora".

Dando voz aos que não apreciaram este seu comentário, Vitor Dias escreveu uma carta aberta no "Público" do passado dia 9.

Perguntem ao Jack

Tiveram considerável impacte na comunicação social as afirmações feitas sobre Portugal, num encontro promovido pelo Fórum para a Competitividade, por Jack Welch, que durante 20 anos foi chief executive officer da General Electric. Antes e durante a sua estada, Jack Welch foi apresentado como "um dos gestores mais admirados em todo o mundo" ou como "um gestor do outro mundo", embora o jornalista Robert Slater, talvez lembrado de que ele suprimiu cem mil empregos, também nos conte, no n.º 47 da Executive Digest, que ele "ganhou a alcunha de "Neutron Jack", numa alusão à bomba de neutrões que elimina pessoas mas deixa os edifícios de pé".

Recapitulando as suas declarações que tiveram mais repercussão, lembremos então que Jack Welch declarou que "é humilhante para os portugueses a percepção que do exterior se tem de Portugal como um país em contínua degradação e declínio ao longo dos últimos anos" e perguntou mesmo se os portugueses não se sentem envergonhados por isso. E aqui neste jornal, Pacheco Pereira apressou-se a assinalar que "Welch fez bem em dizê-lo e fazia-nos bem ouvir mais verdades como esta para substituirmos a nossa balofa e inconsequente auto-estima pela percepção de que a realidade não é propriamente um espelho do nosso excesso identitário". Confesso que tenho muita dificuldade em comentar, em sentido literal, quer a afirmação de Welch quer o entusiasmado juízo de Pacheco Pereira. Em primeiro lugar, porque, julgando conhecer minimamente os problemas de fundo do nosso pais, os seus níveis de atraso e os seus desafios presentes e futuros, não disponho de instrumentos credíveis para saber qual é a verdadeira "percepção que do exterior se tem de Portugal". Em segundo lugar, porque, como cidadão português, não me sinto nada atingido pela referência de Pacheco Pereira à "balofa e inconsequente auto-estima" nacional pois sou daqueles portugueses que já não têm paciência para tanta conversa tola sobre "auto-estima", sobre "euforias" ou sobre "depressões nacionais" (estas, por sinal, bem mais faladas), entendendo mesmo que, na maior parte dos casos, estamos perante construções atrevidamente totalizantes e artificiais, em cujo empolamento e irradiação a opinião publicada tem especiais responsabilidades.

Decididamente, é pois outra a contribuição que pretendo dar a propósito da visita e das afirmações feitas sobre Portugal por Jack Welch. Mais concretamente, como ele nos perguntou se não nos sentíamos envergonhados pela percepção exterior sobre a continuada degradação e declínio nacionais, o que gostaria mesmo é que, num qualquer ponto das suas tournées de conferencista ou numa sua eventual nova passagem por Portugal, Jack Welch respondesse a um conjunto de educadas, cordatas e inocentes perguntas. Como, por exemplo, se não se sente envergonhado pela "percepção exterior" da contínua degradação e declínio da imagem internacional dos EUA ao longo dos últimos anos e que, na União Europeia, segundo dados do Eurobarómetro, já chegou a atingir níveis de reprovação da política externa norte-americana acima dos 70 por cento. Se não se sente envergonhado por a agressão do seu país ao Iraque já ter causado, no mínimo, cem mil mortos, a maior parte dos quais civis não beligerantes. Se não se sente envergonhado pelas torturas e humilhações praticadas em Abu Grahib, pelo rapto e transporte pela CIA de cidadãos estrangeiros em voos por cima de países europeus (acrescente-se: com a desavergonhada conivência de muitos governos da Europa), pela situação dos detidos em Guantánamo prepotentemente excluídos dos mais elementares direitos de defesa e pelas gravosas limitações às liberdades consagradas no Patriot Act I e II. Se não se sente envergonhado por o seu país, o mais rico e poderoso do planeta, ostentar uma taxa de mortalidade infantil de sete por cada mil nascimentos (quatro em Portugal) e só tendo à sua frente, no âmbito da OCDE, países como o México, a Turquia, a Hungria e Eslováquia. Se não se sente envergonhado por parte da enorme riqueza criada pelos EUA resultar do controlo e exploração das riquezas naturais de outros países e do sistema de troca desigual que continua a afectar dramaticamente o desenvolvimento do Terceiro Mundo. Se não se sente envergonhado por, mesmo de acordo com os distintivos critérios do seu país sobre o que é "o limiar da pobreza", haver nos EUA 37 milhões de americanos que são considerados pobres, que uma em cada cinco crianças nasça pobre e que no estado da Luisiana a pobreza infantil atinja os 30 por cento. Se não se sente envergonhado por perto de 30 por cento dos seus compatriotas não disporem de seguros de saúde com a desprotecção e fragilidade que no sistema norte-americano isso significa. Se não se envergonha por os Estados Unidos terem se não a maior, pelo menos, umas das maiores populações carcerárias do mundo e que um em cada treze jovens seja preso antes dos 17 anos. Se não se sente envergonhado por, em termos de percentagem do rendimento nacional que cabe aos dez por cento mais pobres, os EUA (com 1,9 por cento) ficarem atrás, sucessivamente, do Japão, da Alemanha, da França, da Itália, da Grã-Bretanha e ganharem à China por um décimo (dados da Business Week, Setembro, 2005). Se não se sente envergonhado por ser cidadão da única superpotência com capacidade e apetite para intervir militarmente em qualquer parte do mundo e, entretanto, uma elevada percentagem dos seus compatriotas não ser capaz de apontar e identificar o seu próprio país num globo terrestre. Se não sente nem vergonha nem um sobressalto de consciência por no seu país, que goza da reputação de grande e incomparável democracia, a Presidência poder ser conquistada e exercida, sem escândalo por aí além, por um candidato que teve menos votos que outro. E por fim, abreviando o que podia ser uma lista muito mais longa, se Jack Welch não se sente envergonhado e humilhado pelos escândalos financeiros registados no seu país (Enron, WorldCom, etc.), pelas batotas e manigâncias de gestores que enriqueceram tão depressa quanto depressa empobreceram os accionistas que neles confiaram e pelo drama das centenas de milhares de americanos que viram as suas poupanças de reforma volatizarem-se de um momento para outro por causa do afundamento de muitos fundos de pensões.

A todas estas perguntas, para além de ver antiamericanismo onde só há verdades desagradáveis para os seus ouvidos, talvez Jack Welch - "o gestor do outro mundo" - respondesse apenas que o seu negócio são os negócios, que o sentimento de vergonha não é coisa que possa ser equitativamente exigida e que já não tem idade para aprender que há mais humanidade para além dos números e dos cifrões.

Friday, June 16, 2006

She's going to tell me a secret


SUNDAY . 18TH JUNE 2006 . 7PM

Thursday, June 15, 2006

La Mujer Barbuda

EU QUERO ESTE DVD!!!


Afinal de contas, só o tenho em VHS, 2xLP e CD...

Almost seven years to the day since they opened for the Sex Pistols at the 100 Club Punk Festival, Siouxsie And The Banshees were back on a London stage for another memorable two-night stint. Only this time, The Banshees were no longer defiantly under-rehearsed unknowns. Their audience had changed too. The sweaty throng of punk rock in-crowders and bandwagon-jumpers had now miraculously transformed into a several thousand strong army of acolytes, many draped in T-shirts bearing the band's name and mouthing the words to every song in an act of trance-like devotion. More extraordinary still were the Siouxsie lookalikes, their crow-black hair crimped into long, jagged crowns, their chalk-white faces impeccably painted with black kohl and blood-red lipstick.

The performances at London's Royal Albert Hall, on 30 September/1 October 1983, marked the climax of an era set in motion by 'Juju', the band's fourth album released in June 1981, "Juju was the first time we'd made a 'concept' album that drew on darker elements," says bassist Steven Severin. "Because the imagery we used for 'Juju' was the most confident and fully realised up to that point, it's also one of the most enduring in people's perceptions of the band. That's when people started saying it was the first ever 'Gothic' album."

The dark, often oppressive sound of 'Juju' made perfect sense in a post-punk world. Since 1977, an entirely new wave of largely amateur musicians had emerged, many of whom chose to articulate everything that was angry and uncomfortable about their lives. From Throbbing Gristle to Joy Division, the message was no longer 'Anarchy in the UK' but something more private and disturbing. By the early '80s The Banshees, who had specialised in sonic psychodramas from the start, had perfected the art of darkness, as 'Nocturne' so spectacularly captures.

The two shows filmed for this release capture The banshees at the peak of their post 'Juju' powers. Already an icon, Siouxsie now had the voice to match, a thrilling hullabaloo from hell that would occasionally break out into a gorgeous, lyrical romanticism. Drummer Budgie brought sophisticated textures and colour to the sound. Bassist Steven Severin created giant, nagging riffs that provided the motor for much of the band's best material. And on guitar The Cure's Robert Smith, who first guested with the band in 1979, after guitarist John McKay had walked out with original drummer Kenny Morris in a spat that threatened to destroy the group.

In a nod to the venue's classical tradition, the 'Nocturne' shows were unveiled with a dramatic extract from Stravinsky's 'The Rte Of Spring', itself a shocking piece of musical iconoclasm when premiered back in 1913. Inevitably, perhaps, The Banshee's set draws heavily from their two most recent albums, 'Juju' and 'A Kiss In The Dreamhouse. Among the 'Dreamhouse' songs ('Painted Bird', 'Cascade') is 'Melt!', a sumptuous, delicate waltz that deserved more than its lowly Top 50 placing the previous December.

'Juju' yields two centrepieces of the band's early '80s repertoire. 'Night Shift' starts out at punishing horrorshow pace, gets engulfed in some harsh, expressionist lighting, and builds to a tormented climax amid howls of feedback. A similar incantatory spell is weaved on the self-referential 'Voodoo Dolly', which builds sinisterly as a fabulous fog of fear descends down on the stage prompting further musical derangement. Also from 'Juju' is the hit single 'Spellbound' and 'Sin In My Heart', with Sioux strumming some of her own rudimentary guitar chords.

Another stately sounding single, 'Israel', opens the set, though The Banshees always undermined any hit machine tendencies by including a couple of lesser-known B-Sides. Completing the set are 'Switch' and the inevitable rousing finale, 'Helter Skelter', two epic pieces from the band's 1978 debut album, 'The Scream'.

Extras: Play At Home; Dear Prudence (Promo Video); Melt! (Old Grey Whistle Test)Painted Bird (Old Grey Whistle Test)


Mark Paytress 2006.

Wednesday, June 14, 2006

Me paso el día bailando


Ainda faltam duas semanas para ir de férias a Espanha e já fiz a lista de tudo o que preciso de levar. Sim, confesso que sou um bocado paranóico no que respeita a fazer a mala. Ao contrário de 99% da população, que apenas faz as malas na véspera ou meia-hora antes de partir, eu gosto de ir enfiando tudo para dentro de um malão com alguma antecedência... OK, com bastante antecedência!
Discos a comprar em Madrid:
- Alaska Y Dinarama: Deseo Carnal (Delux Edition)
- Alaska Y Dinarama: Canciones Profanas (Delux Edition)
- Baby Horror: Mis Terrores Favoritos
- Parabólica: 2080
- Najwa: Walkabout
- Glamour To Kill: Pecados Eléctricos
- Spam: Hey Mr DJ... Fuck You!
- Spunky: Kommunikation Remixes
Estas fotos são da Sala Cool, em Madrid, onde vi os Fangoria e a Terremoto de Alcorcón ao vivo.

Sunday, June 11, 2006

Queremos, mas não queremos.

Resumindo: há cerca de 2 semanas, uma certa agência de publicidade andava atrás de mim porque queria que eu fosse trabalhar para lá em regime de part-time (3 manhãs por semana). Como tinham ficado satisfeitos com o freelance que eu fiz para eles, um dos dois sócios telefonou-me a pedir para marcar uma reunião. Apresentou-me a proposta financeira da agência e eu fiquei de dar uma resposta nessa semana. E dei... apresentei uma contra-proposta que de imediato foi considerada justa. Entretanto, esperei... esperei... esperei e fui sabendo que esse mesmo sócio foi divulgando cá para fora que eu ia trabalhar com eles...! Ia... porque já não vou! Na sexta feira ele ligou-me a dizer que afinal não me podiam contratar porque estamos no verão e há menos trabalho! Ora se foram eles que me ligaram e que andaram a contar a meio mundo que eu ia para lá, como é que no espaço de dias mudaram de opinião? Simples, este sócio esqueceu-se de consultar a outra sócia que por acaso é a responsável financeira!!!

STOP THE PRESS!



Recebi um email dos Nouvelle Vague a dizer que a edição especial do novo álbum inclui, como bónus, a versão do "Israel" dos Siouxsie and the Banshees!!!

Nouvelle Vague



Depois de um excelente primeiro trabalho, editado em 2004, os Nouvelle Vague regressam com mais uma colecção de covers dos anos 80, em versão bossa nova (e não só!). Este foi um dos projectos que mais me surpreendeu nos últimos tempos, por ter conseguido pegar em músicas intocáveis (A Forest, Guns Of Brixton ou Teenage Kicks) e transformá-las ao ponto de parecerem suas. Possivelmente, foi esta capacidade de abordarem algo verdadeiramente nostálgico, sem aditivos bolorentos, que fez com que vendessem mais de 200.000 cópias.

O novo disco promete ser ainda mais desconcertante e, obviamente, apelativo, ou não tivessem recuperado os Blondie, os Lords of the New Church ou ainda os The Cramps. O disco é editado dia 12 de Junho! Ou seja, amanhã!!!

BANDE Á PART
Echo And The Bunnymen :
killing moon / Buzzcocks : ever fallen in love / Lords Of The New Church : dance with me / Yazoo : don't go / Billy Idol : dancing with myself / Blondie : heart of glass / The Wake : o pamela / New Order : blue Monday / The Cramps : human fly / Bauhaus : bela lugosi's dead / The Sound : escape myself / Heaven 17 : let me go / Visage : fade to grey / Blancmange : waves

NOUVELLE VAGUE I
Joy Division : Love will tear us apart / Dep
eche Mode : Just can’t get enough / Tuxedomoon : In a manner of speaking / The Clash : Guns of Brixton / P.I.L. : (This is not a) love song / Dead Kennedys : Too drunk to fuck / The Sisters Of Mercy : Marian / XTC : Making plans for Nigel / The Cure : A forest /Modern English : I melt with you / The Undertones : Teenage Kicks / Killing Joke : Psyche / The Specials : Friday night, saturday morning

Tuesday, June 06, 2006