Depois da tal banda que não interessava a ninguém, sobem ao palco as Nancys Rubias... o que dizer das Nancys Rubias? É preciso vê-las ao vivo para percebermos que são, de facto, grandes artistas, ainda que não toquem um único instrumento. Nancy Anoréxica é a vocalista e, quando não está em cima do palco, trabalha como agente dos Fangoria e partilha a cama, a casa e a lista do supermercado com a Alaska; a Nancy O (irmã na vida real da Nancy Anoréxica) é a menina que "toca" ferrinhos, qual Traci Lords no Cry-Baby; a Nancy Travesti "toca" guitarra e foi apelidada de Keith Richards pelo ZEP, devido à sua delicada pele; A Nancy Reagen está agarrada aos teclados. Não se sabe mais nada dela; e, por fim, temos a verdadera loira do grupo... a Nancy Rubia.
Como descrever as Nancys Rubias? Hmmmm pensem numa mistura de Rocky Horror Picture Show + The Cramps + Ramones + Sigue Sigue Sputnik + Fangoria + The New York Dolls + Gary Glitter + John Waters e têm aí a resposta. O humor está na postura em palco e nas letras simplesmente soberbas, capazes de recuperar tudo o que existe de bom e de mau na cultura trash. No final do concerto, ainda prestaram homenagem à Silvia Superstar - vocalista dos Killer Barbies - que, por acaso, também estava presente na Casa da Música.
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